Júri oficial e júri popular concedem o troféu ‘Canoa de Tolda’ a 6 filmes
Foram sete dias de programação, mais de uma centena de filmes exibidos e 46 curtas-metragens concorrendo ao troféu “Canoa de Tolda” nos três festivais competitivos: o 16º Festival do Cinema Brasileiro, o 13º Festival de Cinema Universitário e o 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental. Numa cerimônia regada a muitos aplausos e lágrimas, o Circuito Penedo de Cinema encerrou, na noite deste domingo (19), sua 13ª edição com a tão esperada cerimônia de premiação.
Composto pela atriz Camila Morgado, a produtora Lúcia Caus e o crítico Marcos Santuário, o júri oficial do 16° Festival do Cinema Brasileiro escolheu “Ramal”, do diretor Higor Gomes, como melhor filme. Já pela votação do público o curta vencedor foi “Ave Maria”, de Pê Moreira. O júri oficial ainda fez menção honrosa a “Romão”, de Clementino Junior, e “A velhice ilumina o vento”, de Juliana Segóvia — este último pela atuação da estreante Benedita Silveira.
No 13º Festival de Cinema Universitário de Alagoas, o voto do júri oficial, composto pelo professor Cláudio Costa Val, a diretora Gabriela Gastal e o cineasta Marlom Meirelles, premiou o curta “Cida tem duas sílabas”, de Giovanna Castellari, que não conteve as lágrimas ao receber o troféu. No júri popular, “Caronte”, de Pedro Gargioni, levou a melhor. As menções honrosas ficaram para os filmes “Por trás dos prédios”, de João Mendonça, e “Baseado em fatos”, de Amanda Rezer.
Finalizando a cerimônia, o júri oficial do 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental, composto pelo cineasta Alexandre Taquary, o ecologista Guilherme Demetrio e a pesquisadora Taciana Kramer, elegeu como melhor filme “Ava Kuña, Aty Kuña: Mulher Indígena, Mulher Política”, de Julia Zulian, Fabiane Medina e Guilherme Sai. A votação popular escolheu “Águas que me tocam”, de Juraci Júnior, que ainda levou menção honrosa juntamente com os filmes “Do quilombo pra favela: alimento para a resistência negra”, de Manoela Meyer e Roberto Almeida, e “The speech of Txai Suruí”, dos alunos do Projeto Multimídia da Escola Parque do Rio de Janeiro.
A atriz e jurada do 16° Festival do Cinema Brasileiro, Camila Morgado, comentou sobre o peso de escolher os ganhadores. “Nós, do júri, tivemos um papel muito difícil, pois todos os filmes selecionados já são vencedores. Todo o material estava muito lindo”, afirmou. A atriz mencionou ainda a importância do evento para a divulgação do audiovisual nacional. “Esse festival é muito importante”, argumentou, “por incentivar a cultura e esse encontro para dialogar sobre cinema em todas suas dimensões”.
Assim, o Circuito Penedo de Cinema 2023 encerrou sua 13ª edição, deixando como legado momentos e encontros marcantes, debates instigantes e filmes que ecoarão por muito tempo. Com a reabertura do Cine Penedo, porém, a magia do cinema continuará a inspirar novas histórias e reflexões na cidade, renovando-se a cada tela, a cada olhar, e mantendo viva a força das imagens em movimento.