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Após a meia-noite, o terror toma conta da sala de exibição ao ar livre montada na praça 12 de Abril

Por Arthur Vieira

Sob o ar gélido da madrugada, com o barulho das águas do São Francisco e as luzes do centro histórico de Penedo, a sessão de cinema Quarta Macabra aconteceu na madrugada desta quinta-feira (16), levando o gênero terror para os espectadores do Circuito Penedo de Cinema. A sessão compõe a programação do evento desde o ano passado, e já é uma das iniciativas mais esperadas pelo público.pánský náhrdelník kůže zub skrue kasse villapalmeraie.com panske tricka villapalmeraie.com teplakova suprava pánský náhrdelník kůže zub saljofa.com modré sandály na podpatku truhlarstvibilek.cz saljofa.com saljofa.com villapalmeraie.com saljofa.com toploisir.com

Neste ano, a Quarta Macabra contou com o curta-metragem “Bergamota”, do diretor Hsu Chien, que retrata, sob um thriller, uma crônica da violência urbana vivenciada pelo público LGBTQIA+ em encontros marcados por aplicativos de relacionamento, com olhar sobre os golpes, assassinatos, extorsões e sequestros que acontecem em torno dessa problemática.

Segundo Chien, a ideia para o curta surgiu por conta dos relatos que o diretor já leu de histórias semelhantes à da obra. “É muito comum”, afirmou, “pessoas da comunidade LGBTQIA+ sendo extorquidas e assassinadas por golpistas que se aproveitam dos aplicativos de relacionamento para praticar violências, na maioria das vezes, com resultados trágicos”.

Filme Bergamota exibido na Quarta Macabra. Foto: Arantos.

O diretor declarou que sempre foi um desejo seu produzir um filme do gênero thriller, e pensou que seria uma ótima oportunidade para exercer essa vontade se utilizar dessas histórias reais da violência urbana. Questionado sobre a escolha de fazer o filme em preto e branco, ele respondeu que gostaria de “dar um tom mais frio e artístico ao filme”.

Sobre sua participação no 13° Circuito Penedo de Cinema, o diretor revelou que possui muito carinho pelo festival. “Eu tenho um sentimento duplo ao exibir meus filmes no Circuito. Em 2001, estive em Penedo filmando o longa ‘Espelho d’água’, e foram momentos inesquecíveis ver a população local ajudando a produção e trabalhando como integrantes da equipe, elenco e figuração”, relembrou o cineasta. “O outro sentimento”, completou, “é poder exibir conteúdo brasileiro para a população, de forma gratuita e acessível”.

Na sequência, foi exibido o longa-metragem “Morto não Fala”, do diretor Dennison Ramalho, com a história de Stênio, um plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está só, já que possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família.

Público atento aos filmes que foram exibidos na Quarta Macabra. Foto: Arantos.

Mesmo com diversas dificuldades que o gênero terror vivencia para ser produzido no nosso país, como a falta de orçamento e de recursos de produção, e até o esvaziamento de público nas salas, o estilo resiste e conquista devagar o seu espaço. Como disse o grande diretor Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, e como comprovam os diretores convidados da Quarta Macabra, “o Brasil é o país da superstição, podemos ser grandes com o terror”.